As companhias invencíveis
Os criadores do Canvas de Modelo de Negócios lançaram um novo livro, chamado "The Invincible Company", a Companhia Invencível.
Eles propõem uma nova estruturação das empresas para gerar inovação ao mesmo tempo em que mantém seu crescimento nos mercados atuais, para resolver o dilema do inovador.
As empresas, para reagir a esse dilema, precisam dividir sua atuação em duas frentes: Explorar e Prospectar.
- Explorar significa manter e ampliar os negócios atuais que estão estabelecidos, garantindo receita para financiar a operação e as atividades de inovação. O foco é o retorno no curto prazo e mitigar os riscos de disrupção e morte da companhia.
- Prospectar significa avaliar constantemente novos negócios, para reagir em tempo às mudanças de paradigma. O foco é cultura de inovação e criação de novas propostas de valor com potencial de crescimento exponencial.
Isso se traduz em ação efetiva para investir em novas tecnologias, mapeando tendências, acompanhando os movimentos dos concorrentes e observando atentamente novos entrantes, que podem surgir de qualquer lugar, com novas soluções disruptivas para o seu mercado-alvo.
Considerando o potencial de sistematização, padronização e geração de escala das novas soluções, a empresa tem que ter a mentalidade de criar dentro de casa, a nova tecnologia, o novo produto, processo ou modelo de negócio que vai matar o seu antigo modo de ganhar dinheiro.
Ao mesmo tempo em que a empresa mantém e amplia suas operações atuais, e se prepara para enfrentar o processo de transição com o mínimo de impacto. Essa é uma tarefa gigantesca mas, quando bem realizada, faz toda a diferença para o futuro da empresa.
Investir para criar uma cultura de inovação é fundamental para preparar a empresa para esses desafios.
Pensamento de startup, de dentro para fora, para gerar transformação constante.
É com essa filosofia que vemos as empresas centenárias sobrevivendo, transformando seus negócios para se adaptar às novas realidades, às novas plataformas tecnológicas e às novas demandas dos clientes.
E, mais do que reagir às mudanças disruptivas, as empresas precisam buscar sua própria disrupção constantemente, mas dentro de um ambiente controlado, que não prejudique os negócios atuais, enquanto não tiverem massa crítica para conquistar o mercado.
É preciso ter um ambiente que incentive a criação de soluções para substituir os seus próprios produtos e serviços com novas bases tecnológicas.
E trabalhar efetivamente para lançá-los no mercado antes da concorrência, ou com consistência suficiente para superar os concorrentes no novo paradigma.
O dilema do inovador é um dos maiores desafios da liderança atual.
Não saber como reagir a essa situação pode destruir rapidamente uma empresa, mas por outro lado, saber como fazer a virada inovadora pode revolucionar a entrega de valor e multiplicar os resultados.
A atitude dos líderes diante desse ponto de inflexão determina o futuro da empresa.
D.J. Castro
Estrategista de Marcas e Consultor de Marketing. Ajuda empresários e executivos a definir estratégias de marketing e a posicionar marcas para serem líderes de mercado. Fundador da Nexia Branding.
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